terça-feira, 5 de abril de 2011

Estaria em um sistema judiciário competente a cura de todos os males da sociedade?

Todos estão carecas de saber que no nosso país as instituições não funcionam direito. Temos educação de qualidade? Em geral não. É só passar na frente de uma escola pública, principalmente nas cidades grandes, para se ter a resposta. Temos um sistema de saúde que funcione? Depende do lugar, da competência da administração, mas eu diria que a maioria das pessoas procura, se tem condições financeiras, pagar um seguro privado. Ter que enfrentar filas estando doente é dose. Segurança? Se nós tivéssemos eu não estaria escrevendo este texto. Quem tem dúvidas, digite “injustiça brasileira” no Google. E assim por diante. As administrações públicas são fontes de dinheiro fácil para funcionários corruptos, etc. e etc.

Será que, apesar de as instituições citadas acima serem tão diferentes quanto à sua função, a raiz do problema é uma só? Pode parecer simples demais dizer que todos ou a grande parte dos problemas do nosso país poderiam se resolver a partir da mudança de somente um ponto crítico. Imagine-se que a correção de um dos problemas do país causasse um efeito em cascata, gerando conseqüências que, desdobrando-se sobre todos os setores da sociedade, direcionariam  desdobrando-se sobre os outros problemas de forma a direcion-es,  para a solução em cada setor.

O ponto crítico em questão é a Justiça como instituição. Ela dita as regras do jogo da sociedade. No Brasil as regras não são claras, o sistema judiciário não funciona. O senso comum das pessoas entende isso e se revolta, porém os doutos juízes, escondidos atrás do seu palavreado rebuscado, de seus altos salários e de sua autoridade acabam por deturpar e inverter a ordem das coisas. A instituição Justiça se torna então incentivadora do delito. Alimenta a sensação de impunidade que encoraja o desonesto. É conivente com a criminalidade que vemos atualmente.

Dizer que todos os males da sociedade brasileira seriam sanados se tivéssemos uma justiça justa (!!!) talvez seja exagero, mas uma grande, significativamente grande parte do problema seria resolvido, e o resto bem encaminhado. Tomemos como exemplo a situação do Brasil no tempo da inflação galopante. O caos econômico nos impedia de conseguir organizar a nível pessoal, quem dirá nos níveis da educação, da saúde, etc. Parece que depois de muito custo conseguimos resolver o problema econômico, alcançamos uma estabilidade que nos permite planejar o futuro. De forma semelhante, a injustiça brasileira nos impede de conseguir resolver as deficiências do estado. A merenda escolar é roubada, o médico não vai trabalhar, o funcionário da prefeitura superfatura a obra, etc., etc.

Precisamos de Justiça para podermos nos desenvolver como sociedade.

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