A situação política que vivemos no Brasil hoje se assemelha a um beco sem saída. Já descobrimos, de uma maneira bastante amarga (crise econômica, desemprego, etc.), que não existem "mocinhos" nesta história. Aquela ideia de que podemos dividir o mundo em bons e maus não funciona mais (se é que um dia funcionou).
O impeachment foi posto em prática baseado em vários processos, por má gestão e corrupção. O que podemos ter certeza é que o país estava sendo enganado descaradamente e que estávamos indo para o fundo do poço a cada dia. Ainda bem que percebemos e agimos, evitando um colapso pior. Com a destituição do líder do executivo, o poder foi retirado das mãos de um grupo e passado para outro que, apesar de representar um avanço na questão de sustentabilidade da economia e gestão do estado em geral, também esteve associado a atividades ilícitas durante várias décadas. Essas atividades estão vindo à tona agora. As delações das empreiteiras dão a nós, cidadãos que assistimos diariamente aos noticiários, a impressão de que praticamente trocamos seis por meia dúzia. Pelo menos no que se refere às questões de desvios de verbas de campanha e corrupção em obras, a sujeira atinge a todos.
Portanto, não existe essa coisa de bons contra os maus, partido A é melhor que partido B. A corrupção hoje no Brasil está presente em todos os grupos por igual, e em todos os níveis também. Existe em altos escalões do legislativo, executivo e judiciário federais. Existe nos governos estaduais. Existe nas administrações municipais. Existe nas empresas. Existe entre os cidadãos. Existe entre vizinhos até.
Todos nós, cidadãos brasileiros, estamos a cada dia tendo exemplos de que o ilícito, o crime, a corrupção, é praticamente tolerada pelos mecanismos da justiça. Uma pessoa que rouba milhões de recursos destinados a hospitais, por exemplo, mesmo que condenada a dezenas de anos na prisão, sabe que não ficará muito tempo presa, se for condenada. A impunidade cresce com o poder econômico do acusado. Esta situação está representada na Figura 1.
Ser um "Político", hoje, significa praticamente ganhar uma permissão para desviar dinheiro público.
A classe política brasileira desenvolveu-se e degenerou-se em uma indústria de crimes, corrupção e favorecimentos, baseada no círculo vicioso mostrado na Figura 1.
Por outro lado, porque as cadeias do Brasil são pocilgas, depósitos de gente, com condições desumanas? Simples: só pobres vão para a cadeia. Não interessa aos poderes públicos investir em um melhor sistema prisional, eles estão concentrados admirando o seu próprio umbigo e bolso. Estão tão certos que nunca passarão perto da cadeia, que isso não lhes interessa. O sistema é cruel, pune o pequeno e liberta o grande. E pune mal. A consequencia é que temos um novo componente no círculo vicioso da impunidade, como mostra a Figura 2: a total falta de infraestrura penitenciária, que deteriora ainda mais o ser humano ao invés de regenerá-lo. E as más condições penitenciárias estimulam ainda as correntes de pensamento que afirmam ser melhor soltar o criminoso do que deixá-lo preso em condições sub-humanas. Isso também resulta em impunidade.
Não importa quem seja eleito para ocupar os cargos públicos, se as regras do jogo continuarem sendo conforme mostra a Figura 1, o problema da corrupção não será resolvido.
Não adianta termos a melhor polícia do mundo, equipada com as melhores tecnologias. Se o círculo vicioso da Figura 2 não for quebrado nunca teremos segurança pública.
Portanto, são urgentes as ações listadas abaixo:
1) Eliminar qualquer possibilidade de abrandamento de penas para crimes de corrução envolvendo recursos públicos ou de campanhas políticas. Tornar as consequencias desses delitos tão amarga que haverá um desestímulo geral a esses crimes. Como consequencia a qualidade dos políticos irá aumentar, pois a indústria da corrupção será desmantelada.
Os resultados desta ação virão em curto prazo.
2) Investir pesadamente em infra-estrutura carcerária no Brasil, tornando a permanência na cadeia, por mais longa que seja, mais humana. O criminoso deve sentir o poder do estado de forma positiva e humanizadora.
Os resultados desta ação virão em curto prazo.
3) Investir em educação gratuita, acessível de qualidade para todos os brasileiros. Formação básica, técnica e superior de qualidade elevam o capital social e qualificam a sociedade como um todo.
Os resultados desta ação virão em médio e longo prazo.
Portanto, não existe essa coisa de bons contra os maus, partido A é melhor que partido B. A corrupção hoje no Brasil está presente em todos os grupos por igual, e em todos os níveis também. Existe em altos escalões do legislativo, executivo e judiciário federais. Existe nos governos estaduais. Existe nas administrações municipais. Existe nas empresas. Existe entre os cidadãos. Existe entre vizinhos até.
Todos nós, cidadãos brasileiros, estamos a cada dia tendo exemplos de que o ilícito, o crime, a corrupção, é praticamente tolerada pelos mecanismos da justiça. Uma pessoa que rouba milhões de recursos destinados a hospitais, por exemplo, mesmo que condenada a dezenas de anos na prisão, sabe que não ficará muito tempo presa, se for condenada. A impunidade cresce com o poder econômico do acusado. Esta situação está representada na Figura 1.
Ser um "Político", hoje, significa praticamente ganhar uma permissão para desviar dinheiro público.
A classe política brasileira desenvolveu-se e degenerou-se em uma indústria de crimes, corrupção e favorecimentos, baseada no círculo vicioso mostrado na Figura 1.
Figura 1: Círculo vicioso da impunidade característico para as classes mais altas da sociedade brasileira. |
Por outro lado, porque as cadeias do Brasil são pocilgas, depósitos de gente, com condições desumanas? Simples: só pobres vão para a cadeia. Não interessa aos poderes públicos investir em um melhor sistema prisional, eles estão concentrados admirando o seu próprio umbigo e bolso. Estão tão certos que nunca passarão perto da cadeia, que isso não lhes interessa. O sistema é cruel, pune o pequeno e liberta o grande. E pune mal. A consequencia é que temos um novo componente no círculo vicioso da impunidade, como mostra a Figura 2: a total falta de infraestrura penitenciária, que deteriora ainda mais o ser humano ao invés de regenerá-lo. E as más condições penitenciárias estimulam ainda as correntes de pensamento que afirmam ser melhor soltar o criminoso do que deixá-lo preso em condições sub-humanas. Isso também resulta em impunidade.
Figura 2: Círculo vicioso da impunidade característico para as classes mais baixas da sociedade brasileira. |
O resultado é a atual cultura da impunidade em todos os níveis.
Não importa quem seja eleito para ocupar os cargos públicos, se as regras do jogo continuarem sendo conforme mostra a Figura 1, o problema da corrupção não será resolvido.
Não adianta termos a melhor polícia do mundo, equipada com as melhores tecnologias. Se o círculo vicioso da Figura 2 não for quebrado nunca teremos segurança pública.
Portanto, são urgentes as ações listadas abaixo:
1) Eliminar qualquer possibilidade de abrandamento de penas para crimes de corrução envolvendo recursos públicos ou de campanhas políticas. Tornar as consequencias desses delitos tão amarga que haverá um desestímulo geral a esses crimes. Como consequencia a qualidade dos políticos irá aumentar, pois a indústria da corrupção será desmantelada.
Os resultados desta ação virão em curto prazo.
"O exemplo deve vir de cima."
2) Investir pesadamente em infra-estrutura carcerária no Brasil, tornando a permanência na cadeia, por mais longa que seja, mais humana. O criminoso deve sentir o poder do estado de forma positiva e humanizadora.
Os resultados desta ação virão em curto prazo.
Porque?Link rebelião no Amazonas.
3) Investir em educação gratuita, acessível de qualidade para todos os brasileiros. Formação básica, técnica e superior de qualidade elevam o capital social e qualificam a sociedade como um todo.
Os resultados desta ação virão em médio e longo prazo.
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